Resenha: Série “A Mediadora”

Títulos: Terra das Sombras, Arcano Nove, A Reunião, A Hora Mais Sombria, Assombrado e Crepúsculo

Autor: Meg Cabot

Editora: Galera Record

Páginas: 282, 269, 272, 272, 240 e 272

Onde costumo comprar (Opções de livro impresso): Submarino

Sinopse: Falar com um fantasma pode ser assustador. Ter a habilidade de se comunicar com todos eles então é de arrepiar qualquer um. A jovem Suzannah seria uma adolescente nova-iorquina comum, com seu indefectível casaco de couro, botas de combate e humor cáustico, se não fosse por um pequeno detalhe: ela conversa com mortos. Suzannah é uma mediadora, em termos místicos, uma pessoa cuja missão é ajudar almas penadas a descansar em paz. Um dom nada bem-vindo e que a deixa em apuros com mãe e professores. Como convencê-los da inocência nas travessuras provocadas por assombrações?


Com muito humor, a série A Mediadora, Meg Cabot nos apresenta a vida desta mediadora que tem certa ojeriza a prédios antigos: quanto mais velho um edifício, maiores as probabilidades de alguém ter morrido dentro dele. Filha de um pai-fantasma nada ausente e uma nova família, que inclui um pai adotivo e três irmãos postiços, a história começa com a mudança de Suzannah para uma casa mal-assombrada, é claro, na ensolarada Califórnia.

Eu simplesmente amo o mês de outubro. Embora, possa ser conhecido como outubro rosa (em função das promoção de eventos e atividades advertindo a sociedade sobre o câncer de mama), o mês possui uma tonalidade roxa em minha mente. E, claro, isto deve ocorrer em função de ser o mês do Halloween. O ar de mistério, terror e eventos sobrenaturais rodeiam o mês, e, por isso, decidi fazer a resenha de uma saga que marcou a minha pré-adolescência. “A Mediadora” não somente foi uma das primeiras sagas a que acompanhei e que me fizeram admitir que eu realmente era uma leitora compulsiva (sempre gostei de ler, mas acho que a ficha só caiu com a minha obsessão pela história de Suzannah), como marcou o início do meu gosto por romances sobrenaturais. Eu lia em revistas e alguns parcos sites (minha internet banda larga ainda era limitada naquela época) quando lançariam os livros e ficava incomodando os vendedores para saber se os livros já haviam chegado.

Analisando o livro hoje, sei que a história é um tanto inocente – romanticamente falando – quando comparada aos enredos atuais – o mercado dos romances mudou bastante desde lá – e que talvez não tenha todo o brilho que, à época, pensei ter. Ainda assim, continua entre meus favoritos – e, apesar das mudanças de capa, fiz questão de procurar as antigas em sebos, pois tinha pego os livros de amigas ou em bibliotecas.

Entre inúmeros boatos – de novos livros, séries e filmes -, embora a autora tenha revelado que haveria uma continuação – a informação veio junto com a do lançamento de um novo livro do “Diário da Princesa”, e, bem, isto ocorreu – até o momento a série é composta de 06 livros – e alguns contos disponibilizados na internet:

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Resenhas :: Sorte ou Azar?

Meg Cabot é uma das escritoras mais famosas quando se trata de livros YA (jovens adultos) e é claro que por esse motivo eu estava curiosa para conhecer algumas de suas obras. Meu objetivo original foi iniciar pelo primeiro livro de O Diário da Princesa, acredito que esse seja o título mais conhecido da autora por causa popularidade dos filmes, porém acabei me deparando com Sorte ou Azar?. Não sabendo ainda se por sorte ou azar eu acabei me deparando com a escrita de Meg Cabot de uma maneira que minhas emoções se misturam entre admiração e decepção.

   Título: Sorte ou Azar?

   Autor: Meg Cabot

   Editora: Galera Record

   Páginas: 288

   Onde costumo comprar (Opções de livro impresso): Submarino/Amazon

 

Sinopse: A falta de sorte parece perseguir Jinx onde quer que ela vá – por isso ela está tão animada com a mudança para a casa dos tios, em Nova York. Talvez, do outro lado do país, Jinx consiga se livrar da má sorte. Ou, pelo menos, escapar da confusão que provocou em sua pequena cidade natal. Mas logo ela percebe que não é apenas da má sorte que está fugindo. É de algo muito mais sinistro…

 

A vida de Jean Honeychurch sempre foi marcada por ser azarada, assim que nasceu um raio atingiu o hospital fazendo com que todos os pacientes tivessem que ser transferidos de helicóptero, por esse motivo recebeu do seu médico o apelido “carinhoso” de Jinx (má sorte) e a falta de sorte a acompanharia por todos os anos seguintes. A narrativa se inicia com a Jean se mudando para Nova York após um estranho acidente ter acontecido em sua cidade natal, algo que só é revelado para o leitor nos momentos finais do livro. A principio ela acredita que a nova cidade será sua chance para recomeçar,  o novo ambiente lhe daria a oportunidade de fazer as escolhas certas dessa vez e talvez um pouco mais de sorte. Entretanto, a sua falta de sorte parece ter uma explicação misteriosa e não é por acaso que ela existe, algo que Jean não sabe ainda, mas está no caminho certo para descobrir.

O negócio é que minha sorte sempre foi um horror. Olha só o meu nome: Jean. Não Jean Marrie, nem Jeanine, Jeanette ou mesmo Jeanne. Só Jean. Sabe que na França os garotos são chamados de Jean? É João em francês. Tudo bem, não moro na França. Mas mesmo assim. Sou basicamente uma garota que se chama João. Pelo menos seria, se eu morasse na França.

Jean me cativou nas duas primeiras páginas, porém me frustrou nas mais de 200 paginas seguintes. Ela é a típica protagonista que ganha os leitores por ser insegura e desajeitada, que reclama da vida e da sua aparência quase o livro inteiro – essa descrição não parece com outras protagonistas femininas que já conhecemos?! Exatamente essas! Entretanto, diferente das inúmeras protagonistas inseguras que já conhecemos, Jean tem um motivo misterioso para a sua falta de sorte e posso dizer que Meg Cabot desenvolveu essa parte da narrativa muito bem, a autora deixa claro toda a origem desse fenômeno de uma maneira que realmente convence e não deixa nenhum espaço para a dúvida. Dessa parte em particular eu me senti satisfeita pela narrativa de Meg Cabot, ela conseguiu trazer todos os elementos sem nenhum tipo de furo na estória, me fez perceber e admirar a habilidade dela como autora quanto a construção estrutural da narrativa.

Ele riu para mim. Como eu, Zach vestia camiseta branca. Mas ao contrário de mim, seu short azulão não parecia curto demais. Parecia perfeito. Mais do que perfeito. Parecia fantástico.

 

Zach  é o garoto legal que ajuda a Jean a se adaptar a nova cidade e se torna melhor amigo dela, além de par romântico da protagonista ele não é um personagem bem desenvolvido pela autora. Como toda a estória é contada pela visão da Jean, o leitor fica limitado pelos  pensamentos, emoções e pontos de vistas dela. Portanto Zach é descrito como o deus grego, homem perfeito em todos os sentidos, isso faz com que não seja possível conhecê-lo sem a influencia das impressões tidas pela protagonista. Foi uma das minhas grandes frustrações com esse livro, já não tenho mais tanta paciência para personagens masculinos que são imaculados pela visão fraca de uma personagem feminina.

Tory realmente tinha feito um excelente trabalho manipulando a situação ao seu gosto. Eu esperava,depois disso que ela conseguisse o que ela queria.

 

Na minha opinião Tory foi a personagem mais interessante desse livro, desde o inicio eu tive a certeza de que ela seria o maior problema da protagonista e estava certa. Ela é a prima de Jean e acredita ser superior a tudo, esse excesso de confiança foi algo que ao mesmo tempo que me conquistou me fez gostar dela mais do que da protagonista. Tory é má, egocêntrica e perigosa, porém ela também é fantasiosa e ingenua. Por toda a profundidade na construção dessa personagem eu me encontrei satisfeita em muitos momentos com os acontecimentos relevantes motivados por ela durante o livro.

 

Sorte ou Azar? é um livro comum e sem grandes reviravoltas ou surpresas. Confesso que fiquei um pouco decepcionada, afinal eu coloquei muitas expectativas por todas as vezes em que ouvir falar dos livros de Meg Cabot – percebi que a autora se firma em uma zona de conforto, usando de clichês já muito batidos, sem se esforçar em construir qualquer elemento novo que cause algum risco. Entretanto, devo admitir que forma com que ela escreve é de fato muito habilidosa e demostra bastante taleto literário, principalmente quanto a construção de estórias que facilmente podem se conectar com o público que foi destinado, ou seja público jovem.

 

Meg Cabot Meggin Patricia Cabot, mais conhecida pela abreviação Meg Cabot JamieMcGuire ou Patricia Cabot ou pelo seu pseudônimo Jenny Carroll (Bloomington, 1 de fevereiro de 1967), é uma escritora estadunidense. É mundialmente famosa por ser autora de mais de 60 livros, dentre os quais seu maior bestseller é a série de dez volumes O Diário da Princesa. Atualmente Meg vive com seu marido e sua gata de um olho só chamada Henrietta em Nova Iorque. Quando jovem, Meg passava horas a fio lendo as obras completas de Jane Austen, Judy Blume e Barbara Cartland. Munida com seu diploma de graduação em Artes na Universidade de Indiana, Meg se mudou para Nova Iorque, com a intenção de seguir uma carreira de ilustradora autônoma. A ilustração, entretanto, logo cedeu lugar à verdadeira paixão de Meg – a composição literária

 

Ana